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Orlando Sampaio Silva


Quanto ao que eu penso, posso dizer, em poucas palavras, que a HUMANIDADE e a VIDA como um todo no planeta estão caminhando sobre o fio da navalha. Eu teria uma expressão otimista ante o espetáculo natural (da natureza) e humano (que também faz parte da natureza) que está se descortinando no Mundo diante dos nossos olhos se os valores positivos da ética social estivessem prevalecendo. Porém, não é isso que estamos percebendo. Os interesses econômicos imediatistas do capitalismo não permitem que eles (os valores positivos da ética social) predominem ante o risco do desastre vital sobre a face da Terra. A acumulação patrimonial por corporações e diferentes grupos capitalistas tem muita força. Trava-se a luta desigual entre o Bem e o Mal.  Alguns pontos de retorno já foram ultrapassados. O espetáculo é triste. Imagino o que estariam sentindo Jesus e Marx (e tantas outras e outros sonhadoras e sonhadores, que desenharam seus pensamentos e ideias utópicos com grande fervor e esperança) que lutaram por uma sociedade humana justa e feliz, em face da tragédia em andamento. 

Os atos desta peça apocalíptica estão se desenrolando a cada dia em toda a superfície global. Etc. etc. etc.

Que bom seria se a realidade que nos envolve globalmente fosse outra, boa e benfazeja...

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*Pronunciamento de Orlando Sampaio Silva (03/12/2025), após a COP30.


 
 
 

A criatividade do brasileiro extrapola todas as possibilidades e potencialidades humanas. Salvador Dali fica a dever, sobretudo aos políticos de Pindorama, tamanho o grau de surrealidade produzida na cachola de suas excelências - também, excrescências. De tal modo os membros de nossa elite se entregam à sua faina deletéria, que faz tempo os presídios os vêm recebendo, ao ponto de levar cada um desses abrigos a ser o local mais seguro para os capi expedirem suas ordens. Não há um só golpe cometido pelas famiglie à lá Don Corleone, que não tenha como origem uma dependência penitenciária. Nos negócios e na política.

 
 
 

Atualizado: há 22 horas

Embora toda repetição histórica seja nada mais que uma farsa, as circunstâncias, sempre novas, é que fazem a diferença. O noticiário desperta em mim a sensação de um déja vu atualizado. Neste caso, a memória ajuda-me a apreciar os fatos de hoje, comparando-os com o passado. Em 1950 (o comentarista tinha apenas 8 anos de idade), preparavam-se as eleições que poriam no Catete o substituto do general Eurico Gaspar Dutra. O militar matogrossense, que fora ministro de Getúlio, desejava ver-se sucedido pelo político mineiro Cristiano Machado. Um e outro eram filiados ao Partido Social Democrático, o PSD imaginado pelo próprio Vargas e dirigido por Amaral Peixoto. Este, nada menos que genro do líder gaúcho, casado com a - tem-se dito - eminência parda do chefe do governo que Dutra sucedeu. Cristiano contava atrair os eleitores de Vargas, à altura em que o caudilho dos Pampas já entrava na disputa. E se preparava para limpar a imagem ditatorial cultivada pela direita de então. A rigor, não era o autoritarismo de Getúlio que incomodava seus adversários. As concessões, conquistas algumas, aos trabalhadores e aos pobres do País, como hoje, não podiam conviver com a intolerância e a exploração do trabalho alheio. O resultado da eleição, com a debandada dos eleitores pessedistas para o lado do líder trabalhista, devolveu a este sua sala no Palácio do Catete. Eduardo Gomes e seu vice Odilon Braga ficaram em segundo. Ao experimentado político mineiro nascido em Sabará restou a terceira posição. E a ocupação do posto de embaixador brasileiro, no Vaticano. Nenhum lugar seria mais adequado, depois da cristianização do candidato. Lá, onde tem sede a Igreja de Cristo, o representante brasileiro morreu, em 1953.


 
 
 
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