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José R. Bessa Freire - Blog Takiprati - Em: 21 de Abril de 2024


Minha Bíblia é o petўnguá. Quando dou uma baforada, tudo se ilumina (Wherá Tupã, Alcindo Moreira, 2004).


Elas estão lá, exibidas numa vitrine da Exposição Nhe´ẽ Porã: Memória e Transformação inaugurada nesta sexta-feira (19) no Museu de Arte do Rio (MAR).  Elas, que eu digo, são uma palmatória e uma bíblia traduzida ao guarani.

Nhe´ẽ Porã foi concebida e realizada, em 2023, pelo Museu de Língua Portuguesa de São Paulo, sob o patrocínio do Instituto Cultural Vale, com a curadoria da artista Daiara Tukano e a assistência da antropóloga Majoí Gongora. De lá, passou a itinerar pelo país, acrescentando em cada local alguns itens em relação à versão original. Na passagem por Belém, incorporou peças do acervo do Museu Goeldi. No Rio, também, houve alguns acréscimos. Nhe´ẽ Porã: a Palmatória e a Bíblia

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Número 243 sexta-feira,19 de abril de 2024

 

Ditadura Empresarial-Militar nas Universidades é tema de debate na ADUA 

 


Como parte da programação da ADUA relativa aos 60 anos do Golpe Militar-Empresarial no Brasil, a Seção Sindical promoverá a sessão de cinema “Violência e torturas da Ditadura empresarial-militar nas Universidades”, na terça-feira (23), às 14h30, no auditório da sua sede, no campus da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), em Manaus. A atividade terá início com a exibição do documentário “Barra 68 – Sem Perder a Ternura” (2000). Em seguida o professor aposentado da Ufam, José Seráfico de Assis Carvalho, irá comentar sobre esse período com ênfase no contexto das instituições de ensino superior e de sua própria vivência.


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O dia Mundial do Livro, hoje festejado, mostra a possibilidade de ser imortal. Dedicada à memória de Miguel de Cervantes e William Shakespeare, a data foi escolhida para destacar não apenas a genialidade dos dois autores. É bem maior o significado emprestado ao 23 de abril de todo ano, pelo que permite refletir sobre os compromissos sociais e históricos dos gênios rememorados. Os temas de que se ocuparam em suas obras e a forma como o fizeram credenciou-os a ultrapassar séculos sem que se apagasse da memória humana sua presença permanente - quem sabe se pode dizer eterna? - entre nós. Os sentimentos humanos e o que faz os seres ditos inteligentes diferentes dos outros animais frequentam todas as páginas de suas obras, por isso que ganham aura de imortalidade. Ao mesmo tempo, ensejam refletir sobre o papel da memória na condução dos povos. Sem ela, dificilmente seria possível construir a História. Menos, ainda, a historiografia que trata de levar aos pósteros o conhecimento de fatos anteriores. Isso permite e favorece comentar positivamente a iniciativa da ADUA-ANDES , coordenado pelo professor Antônio José Vale da Costa, do Instituto de Filosofia, e Ciências Humanas da UFAM. Foi de Tomzé a ideia de rememorar o fatídico abril de 1964, cujo dia inicial inaugurou período dos mais trágicos e constrangedores da História do Brasil. Enquanto governos estaduais que se dizem de esquerda (à exceção, que se saiba, o do Pará) simplesmente ignoram a importância da memória e valorizam a exagerada prudência de Lula, aqui se registra pelo menos uma atividade que honra o ser humano e devolve parcela das esperanças que aos poucos se vão esgarçando e perdendo. Há robusta documentação comprovando as trevas que se abateram sobre a nação, entre 1964 e 1985. O evento desta tarde, no auditório da ADUA-ANDES, no campus da UFAM - projeção e discussão sobre o filme Barra 68 - sem perder a ternura, de Vladimir Carvalho -, permite continuar sonhando. E lembrando, para que evitemos a repetição de fatos que voltam travestidos de inadmissível tragédia. Às 14:30 começa a projeção. Os debates serão iniciados com comentários do editor deste blog, às 16:00. Lá nos encontraremos!

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