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Não bastarão a Benjamin Netanyahu os corpos destroçados das milhares de crianças mortas na faixa de Gaza. Outros serão os símbolos do holocausto com que ele homenageia o maior carrasco do povo judeu. Melhor aluno de Adolph Hitler ainda se está por descobrir. Por isso, é urgente criar o troféu Herodes. E entrega-lo, com toda a desonra, ao Primeiro M(S)inistro de Israel.

A marcha para Jesus, realizada ontem, reuniu, segundo os organizadores, cerca de dois milhões de romeiros, em São Paulo. Movimento apresentado por algumas lideranças como ecumênico, a maioria dos caminhantes pertence a muitas das confissões e seitas evangélicas. Talvez boa parte dos fiéis de qualquer das denominações realmente religiosas se pergunta por que a bandeira de Israel estava nas mãos de grandes grupos de marchadores. Enquanto Netanyahu continua a matar na faixa de Gaza e investe contra o Irã.

Enquanto os inimigos da cultura e da arte forem contidos, a Poesia continuará a alimentar de esperança a humanidade. Não sem razão, mas por que a têm invertida, os pregadores do apocalipse e os que os acolitam estarão impedidos de determinar o fim da utopia. Ao poetas, empenhados em construir o Mundo de paz com que tantos têm sonhado, não há de faltar inspiração, muito menos coragem. A arma do poeta sempre foi, é e sempre será a palavra e o simbolismo de que ela se faz portadora. Tanto, que é possível convidar interessados em festejar a cultura, o livro e a Poesia, mesmo quando o Mundo se apresenta caótico, por obra dos que negam qualquer sentimento superior e se esmeram por sujar com ódio e sangue toda as relações humanas. Prova da vitalidade da Poesia e do quanto ela se faz necessária, dá-nos agora a Editora Scortecci, ao festejar mais um dos anos de suas mais de quatro décadas de criação. A antologia que João Ricardo Scortecci de Paula, Diretor-Presidente do Grupo editorial, lançará em agosto deste ano, em seu espaço na capital paulista, mais que um livro, é uma prova de que há poesia em tudo, tanto quanto o negativismo e o pragmatismo malsão não conseguirão devolver a sociedade humana à ignorância da caverna. Quase 540 poetas brasileiros, de todas as regiões, submeteram textos poéticos ao processo de seleção para a antologia comemorativa. Deles, 60 constarão da obra, cujo lançamento registrará o clímax do 7º Prêmio Scortecci de Poesia - 2025. Previsto, originalmente, para conter 50 poemas, o livro teve que ser ampliado, como reconhecimento da qualidade dos trabalhos apresentados. Não é só a Editora Scortecci, por sua direção e equipe de trabalho, que merece os cumprimentos e a reverência de todos. A eles juntam-se as centenas de poetas que participaram do processo de seleção, pelo que enfrentam a ignorância, o ódio e a sede de sangue residente no espírito e na mente dos que tentam exterminar a Poesia. Como tantas outras coisas nobres que estão no Mundo.

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