Tão cedo ainda para dizer-se do envolvimento de militares no suposto plano para matar Lula, quão leviano afirmar inexistir qualquer deles envolvido no terrorismo. O de dezembro, que faria explodir o aeroporto de Brasília, o que acabou na invasão da Polícia Federal e o ápice do dia 8 de janeiro. Aos sucessivos decretos impondo sigilo centenário sobre atos criminosos, sucede a tentativa de transformar o terrorismo um delito militar. Outra forma de confissão, como o é a pedra posta sobre os fatos delituosos nascidos a partir do Palácio do Planalto e seu mais próximo entorno. Uns - os decretos - e outra - o desejo de entregar à Justiça Militar o julgamento dos atos terroristas - ligados pela política do ódio, a mesma presente no sacrifício de quase 700 mil pessoas. Os que têm armas como objeto de abjeta adoração não se negam a aproveitar um vírus desconhecido e dele tirar trágico proveito. Hospitais, bares, ruas, edifícios públicos, tudo serve de palco à ferocidade que só por insensatez se chamaria humana. Realidade, não obstante, encontrada na Alemanha de Hitler, os fornos tirando a vida de 6 milhões de judeus. Ou, nas masmorras brasileiras ou no ar coberto pelo céu brasileiro, eliminando os incômodos e indefesos divergentes. Ou, nos dias atuais, nos territórios indígenas invadidos. Nos gulags do stalinismo não foi diferente. Criativos quando incapazes de apagar todas as pistas, os rastros e a sordidez de sua ação, só resta cometer o crime salvador: o deslocamento das prerrogativas do Poder Judiciário de sua sede própria. Levar para outra barra judicial os supostos criminosos, na reiteração de condutas em grande medida contribuintes para termos chegado à surrealidade vivida nesta fase vergonhosa de nossa História. Trate o Supremo Tribunal Federal de manter-se firme na execução do papel que a Constituição lhe atribui e exige. A sociedade, pela porção majoritária que respeita, prestigia e defende a democracia, não lhe faltará.
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Professor Seráfico - 4 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
O engenheiro Samuel Hanan, ex-Secretário da Fazenda do Estado do Amazonas divulgou oportuno artigo sobre as perdas registradas no Estado do Amazonas, nos últimos anos. Destacando a importância do Polo Industrial de Manaus, e defendendo o tratamento diferenciado na próxima reforma tributária, Hanan não finge ignorar o declínio da economia amazonense, nem as perdas imputadas aos trabalhadores. Com vantagem comparativa, em relação a outros interessados no debate. Destoando da cantilena conhecida, o estudioso apresenta dados que, se são conhecidos pelos habituais debatedores, parecem ter alergia à luz solar. Por isso, não chegam ao conhecimento público. Indiquemos alguns números, todos eles atribuídos por Hanan a órgãos insuspeitos, por isso respeitados. A participação do Amazonas no PIB brasileiro decresceu, entre 2002 (2,32%) e 2021(1,51%), quase 35%. Se a comparação leva em conta a região Norte, a queda alcança 18,5%, saindo de 29,64% para 24,25%. A renda média mensal dos amazonenses, em 2012 era de R$ 618,00, equivalendo a 56% do salário minimo nacional, e ao menor valor registrado em cinco outros Estados da região - Acre, Amapá, Roraima, Rondônia e Tocantins. A população em estado de pobreza, entre 2012-2021, aumentou, de 45,39% para 51,42%. Esse percentual coloca o Estado do Amazonas atrás apenas do Maranhão. Isso se revela na dependência do Auxílio Brasil, que registrava mais de 476 mil beneficiários, enquanto os trabalhadores com carteira assinada eram menos de 459 mil. Só não vê a relação entre esses números e a realidade que faz de Manaus a 2a. cidade mais violenta do Brasil e a 21a. do Mundo, quem não quer. Na capital amazonense, 50,6/100.000 habitantes são as vítimas. Também é mencionado por Samuel Hanan o volume da renúncia fiscal, cerca de 37 bilhões de reais/ano, maior que 25% do PIB estadual. Em contraposição, Manaus tem receita/habitante na 8a. posição dentre as capitais. O ICMS arrecadado em 2022 coloca o Amazonas em 15° lugar, sendo essa arrecadação tributária do Estado 33,91% do total arrecadado. Embora as importações de insumo para o PIM tenham crescido de 41,83% para 62,57% (2016-2021), a massa salarial e encargos decresceram de 3,17% para 1,73%, no mesmo período.
Forrado em todas essas informações, Samuel Hanan sugere a alteração da matriz de produção do Amazonas, notadamente no aproveitamento da energia fotovoltaica, fertilizantes, nos setores pesqueiro, naval e turístico. Sem esquecer do aproveitamento e recuperação de áreas degradadas e exploração racional de recursos naturais.
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Professor Seráfico - 3 de mar. de 2023
- 1 min de leitura
A soberania do Banco Central, conquistada à custa de promessas e falácias, tem posta em dúvida a eficácia no combate à inflação. Tem servido para mostrar, mais que tudo, a que interesses presta relevantes serviços, sempre em prejuízo da parcela pobre da população. A maior. Cuidadosamente escondidas, outras das funções do banco soberano sempre tiveram na política monetária o foco de suas preocupações. Para manter tais políticas serviçais do grande capital, pôs em marcha um processo em que, a cada nova restrição ao crédito e ao consumo correspondiam ganhos astronômicos aos credores do Estado. O resultado é não ter a inflação chegado aos baixos níveis pretensamente desejados, ao mesmo tempo em que a dívida pública se multiplicava. A tal ponto, que a acumulação concentrada em pouquíssimas mãos devolveu à fome mais de 30 milhões que pensavam tê-la superado. Isso não só contrariava a construção de clima favorável aos investimentos, como prejudicava o estímulo à criação de empregos. Ambos objetivos para os quais o BACEN fora criado. Agora, descobrem-se irregularidades praticadas pelo Banco, do alto de sua soberania. E da arrogância de seus dirigentes. Desta vez, facilidades geradas pela negligência levam à situação irregular de mineradoras, elas igualmente beneficiárias de outras atividades criminosas. O avô, conservador e reacionário, pareceu distante da leviana conduta de Roberto Campos Neto. Que o diga o senador Jorge Kajuru. É ele quem vai á Procuradoria Geral da República e denuncia o Presidente-rei do Banco Central do Brasil.
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