O peso do Brasil no continente
- Professor Seráfico
- 2 de ago. de 2024
- 2 min de leitura
Pode-se dizer tudo sobre o desempenho do Presidente Lula, para desqualificar seu governo. Que ele não consegue cumprir em curto prazo todas as promessas de campanha e satisfazer as expectativas da maioria dos brasileiros, isso é fato. Como o é a situação de refém do Congresso, o pior de todos os tempos, como se tem constatado. É até compreensível a proposital ignorância a respeito de alguns bons resultados no campo econômico. O desemprego cai. A economia se mostra robusta, apesar da torcida contrária, mesmo de alguns segmentos diretamente beneficiados. Aumenta a massa salarial, resultado de políticas que, mesmo tímidas, foram implantadas pelo terceiro mandato de Lula. Cresce o consumo, ao mesmo tempo em que é recuperado o conceito internacional sobre a cobertura vacinal de crianças e adultos. Parece esquecida a pretendida interferência do Brasil, no conflito sediado na Ucrânia, em que os interesses dos Estados Unidos e Rússia constituem a grande motivação. Mais que os brasileiros, nossos irmãos do continente reconhecem a importância que o Brasil tem na comunidade continental. O fato de os governos argentino e peruano terem pedido que o governo brasileiro se encarregue das relações por eles mantidas com o governo da Venezuela não é algo desprezível. Pelo que revela do peso que o Brasil tem, quando se trata de evitar o rompimento do precário equilíbrio das nações do continente. Ademais, recente telefonema do Presidente norte-americano a Lula tratando da questão venezuelana, reforça e torna mais transparente a liderança do Presidente brasileiro e o prestígio e acatamento que ele merece na comunidade americana. Qualquer que seja o juízo que os opositores façam do governo brasileiro, impossível negar a presença, no Palácio do Planalto, de um Presidente que tem lugar assegurado dentre os colegas de maior projeção no cenário internacional. Tirar vantagem disso, sem ferir a soberania e os sonhos de nossos vizinhos, nem ameaçar a paz mundial, é o que nos cabe. Se desejamos, realmente, superar o complexo de vira-latas com tanta precisão indicado pelo falecido teatrólogo e jornalista de direita Nélson Rodrigues. Um direitista que pensava...
Commentaires