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Os trabalhos da CPI da covid-19 correm o risco de chegar a nada, menos pelas manobras e pressões dos delinquentes que pelas rivalidades regionais. Se restas preponderarem, os investigadores investidos de mandatos senatoriais acabarão por invalidar o esforço até agora feito. Omar Aziz e Eduardo Braga, por exemplo, deveriam deixar a competição eleitoral para o ano que vem. Quando se espera ver enjauladas algumas das feras cuja ferocidade será rejeitada e apaziguada pelos autos.

 
 
 

Avançam os trabalhos da CPI da covid-19, as coisas vão se pondo nos devidos lugares. Agora, por exemplo, o cerco que encurrala o Presidente da República e desmonta a fama de honestidade por ele mesmo oralmente atestada, leva-o ao desespero. É o que informam os círculos mais próximos dele, podendo-se notar a cautela com que falam, pelo menos diante das câmeras. Ratos não costumam naufragar com os navios. Outra evidência vai se confirmando, a julgar pela comparação do Presidente com animais em perigo. Aprontam as garras, lançam olhar furioso contra a ameaça, revelam agressividade ainda contida. São capazes de tudo, literalmente. A exceção é feita, nesses casos, a algum ato que beneficie terceiros, mesmo quando estes constituem uma nação de mais de 200 milhões de seres humanos. A outra revelação, portanto, é a de que não basta ter aparência humana e andar sobre as duas patas traseiras. As ameaças acabam por revelar a qual espécie pertence o ameaçado.

 
 
 

A inaudição do esperado depoimento do biliardário Carlos Wizard à CPI do Senado, além de gerar problemas para o empresário não-depoente emudecido, teve momentos bem-humorados. Numa delas, o relator Renan Calheiros chamou o atual sinistro da Saúde, de general Eduardo Pazuello de jaleco. Hilário, tanto quanto plausível

 
 
 
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