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Todas as cosas mudam de nome, dependendo do tempo. Até recentemente, desviar dinheiro público e atentar contra as leis eram considerados crimes, o primeiro dos quais chamávamos corrupção. Agora, tais crimes parecem ter mudado de nome. Eles continuam a ser praticados, sob o coro de "somos puros" dos que os cometem ou acobertam.

 
 
 

Os auto-proclamados democratas brasileiros se não são mentirosos, são apenas bufões da pior estirpe. Tem-se sucedido pronunciamientos (assim, mesmo, à moda dos generais bolivianos) ofensivos aos mais elementares deveres constitucionais, e a qualquer valor humano. Um se utiliza das redes sociais para dizer que vai correr sangue, se o eleitorado contrariar seus propósitos antidemocráticos. E vai além, ao afirmar que a piopulação enfrentará as armas que o suor dela mesma ajuda a comprar. Outro reúne em ambiente oficial uma turba que aplaude a revogação unipessoal da Constituição, em coro com a ameaça anterior. Nunca um golpe foi tão anunciado quanto o que está em curso no País. Ruem as reputações, e não por esforço dos que se opõem aos autoritários.

 
 
 

O ator Paulo Betti, em recente mensagem divulgada nas redes sociais, advogou a retomada das cores da bandeira pela esquerda. O verde-amarelo com que os genocidas e seus aliados pretendem cobrir a direita não pode continuar exclusividade deles e dela. Agora, Celso Rocha Barros, articulista da Folha de São Paulo, recomenda o uso de todas as cores, com razão argumentando que o importante é ir às ruas, protestar contra o (des)governo que já matou mais de 520 mil seres humanos. Ao morticínio calculado ele chama autoritarismo assassino ou latrocínio em massa. Se há quem discorde, o que menos importa é a cor com a qual combater o mal. E dizer NÃO à morte!

 
 
 
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