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O nome atribuído ao mandato eletivo remoto poderia ter como sigla a palavra que, em inglês, significa louco, demente, furioso. Seria o mandato à distância, com justa e adequada legitimidade. Pelo menos, quanto ao quase-ex-parlamentar que, ainda em liberdade, propõe sua criação. Talvez fosse necessário apenas acrescentar outras características ao criador desse tipo de representação - escassa inteligência e situação limítrofe ao analfabetismo.

 
 
 

Há um recurso de que se valem os poetas, a chamada licença. Os políticos brasileiros, muitos dos quais instalados em alguma das duas casas do Congresso, levaram sua confusão proposital sobre imunidade parlamentar e impunidade criminal a campo ainda mais extenso. Licenciosos, pretendem blindar bandidos. Blindagem e bandidagem, assim, vão além da rima. E sugerem outra – um neologismo, talvez: brindagem, um presente dado a boa parte dos que estão lá, “representando o povo”. Pobre povo!

 
 
 

Das mais lembradas, a frase de Tancredo Neves não perde a atualidade. Esperteza, quando é demais, engole o dono. Alguém deveria apenas acrescentar: e o dono acaba como o bobo da corte. Que o diga o deputado Sóstenes Cavalcante. O porta-voz da oficina de blindagem perdeu até o vocabulário. Se as ações policiais e as subsequentes providências do devido processo legal não forem interrompidas, ainda ouviremos muito choro e ranger de dentes.

 
 
 
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