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Zumbis iminentes

A baixíssima frequência ao comício de domingo passado, convocado pelo quase-réu a que o STF atribui a liderança de uma quadrilha, permite interpretações muito mais ricas que a simples observação quantitativa. A escassíssima plateia corresponde ao evidente processo de declínio da popularidade do denunciado-chefe do terrorismo, cujo clímax ocorreu em 8 de janeiro de 2023. A respeito da conduta-padrão do quase-ex-capitão têm falado seus colegas de caserna. Dele dizem não ser homem de carregar os feridos. Na hora em que toca o horror (essa a linguagem dos quartéis), ele trata de escapar do campo de batalha. Podendo refugiar-se no exterior ou em alguma embaixada estrangeira que o admita como hóspede. Não são poucos os companheiros e liderados de ontem que dão esse testemunho. A partir de seu mais próximo servo e seguidor, cuja delação premiada gerou e agravou muito do pânico que atormenta a família que se pensava todo-poderosa. Mais que qualquer um dos brasileiros que não pertencem ao grupo familiar do denunciado quase-réu, ele próprio e sua grei sabem o que os espera. Por isso, as declarações divulgadas nas redes antissociais de seu grupo mais íntimo revelam o desespero em que se encontram. Essa é condição a que não escapam os advogados de defesa dos terroristas graúdos. O juramento que lhes conferiu o grau de bacharéis em Direito, se justifica manterem-se como defensores dos delinquentes, em geral, não envolve a cumplicidade de qualquer deles com os crimes de que seus constituintes são acusados. Isso não quer dizer da impossibilidade de algum deles, senão mais de um, abandonar a causa. A robustez das provas colhidas pela Polícia Federal, base da manifestação do Ministério Público, desestimula o próprio exercício dos advogados de defesa. Antes, gera a preocupação desses profissionais, colocando em horizonte muito próximo a preservação do prestígio alcançado diante da comunidade jurídica e judicial. Dos políticos, ninguém ignora seu bom faro. Ao sentir cheiro desagradável, é rotina deles a saída estratégica e oportuna do incômodo cenário. E, como sabemos, já se sente cheiro de carne queimada no ar. Tudo indica que restam poucos meses, até que a cúpula dos atos terroristas passe ao desfrute do conforto das prisões. Mais especiais que sejam, elas não conferem inocência e dignidade aos que as ocupam. Muito se poderá, alguns meses à frente, ouvir e ler sobre eles. Não mais como protagonistas, mas como mortos-vivos, muitos dos quais lavando seus lençóis com lágrimas ou urina. Não faltam exemplos.

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