Treinamento
- Professor Seráfico
- 26 de mar.
- 2 min de leitura
Há muito do que nos podemos queixar, nesses tempos tão turbulentos e tristes. Há, também, algumas compensações. No balanço, haverá os pessimistas, pois o cotidiano parece dar razão ao seu mau humor, à cultura da tristeza que tanto alimentam e à maldade que lhes é própria. Outros, todavia, agradecerão pela oportunidade de testemunhar que algo vem mudando. Não só a crise climática já reconhecida como produto da ação dos primeiros e justificativa para porem em prática o que antes se traduzia em simples negativismo - barco perdido. bem carregado. O que, em outras palavras, também poderia se traduzida por farinha pouca, meu pirão primeiro. Os que ainda não se desvestiram totalmente de sua condição humana podem responder, contudo: é possível, sim, construir um mundo melhor! E, a partir de sua aldeia, observar quão esférica é a Terra e quanto seu movimento faz movimentar a roda da História. Para começar de nossa província, é bom lembrar. Se, para os brasileiros 08 de janeiro de 2023 é o dia da vergonha e do opróbrio, é por causa dos atos terroristas nele cometidos que se constata a possibilidade de aproximar-nos da Justiça. Não há qualquer outro momento de nossa História que nos tenha confrontado com a cena jamais testemunhada: um ex-Presidente da República treinando para enfrentar o banco dos réus. Mais que qualquer um dos brasileiros, ele sabe o que fez, embora não tenha a capacidade de entender o destino que o espera. Por isso, presenciou, na primeira fila do auditório do Supremo Tribunal Federal, aulas de Direito que deveria ser obrigatório exigir assistidas pelos futuros bacharéis espalhados por todo o território nacional. Sábia, a decisão de promover a transmissão da sessão do STF, ontem, só deixará descontentes os que, mentes sujas, corações conspurcados pelos mais ferozes sentimentos, laboram em favor do caos. Pobres deles, miseráveis seres vivos, inaptos para a comunidade dos humanos! Mais ainda veremos, sem que a nudez dos hipócritas e falsários nos traga a mesma alegria e o mesmo prazer que a morte leva aos que ocuparão brevemente o banco dos réus. Que eles tratem de treinar. Talvez assim, encontrarão força para cumprir pelo menos parte das penas a que serão submetidos.
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