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Sem desvendar

Recente texto assinado pelo sociólogo e cientista político Bolívar Lamounier tenta explicar o fenômeno Donald Trump, n' O Estado de São Paulo. Embora o título (Um enigma facilmente desvendável) paire acima de comentário relacionado a acontecimentos históricos fartamente explorados (muitos dos quais ainda não esgotados em sua interpretação), o texto apresenta lacunas cujo preenchimento se faz necessário. Ora um, ora outro dos leitores do conhecido profissional brasileiro certamente porá luz onde haja carência de informação. O texto, editado no Espaço Aberto do jornalão paulista, à página 4, menciona desde as mais recentes peripécias do Presidente norte-americano, até a indicação do hábito muito apreciado nos Estados Unidos da América do Norte - o assassinato de seus presidentes. Quatro deles foram mortos, no território daquela nação, durante algum tempo postulando o direito de ser tomada como um modelo de democracia. Não bastasse ser a riqueza material (o dinheiro, digamo-lo, sem peias) determinante nas decisões oficiais, de que o próprio Lamounier dá exemplo (a derrota de Hilary Clinton, quando teve mais votos que o mesmo Trump), a ascensão do atual Presidente é, em si mesma, a negação da pretensão democrática tantas vezes proclamada. O que interessa, no entanto, pelo menos neste texto, é o risco de Donald Trump "detonar a organização econômica mundial". Não é preciso saber mais do que os meios de comunicação mundiais trazem ao conhecimento dos habitantes do Planeta, para constatarmos quanta razão Lamounier tem, para dizê-lo. Aqui é que se pode verificar a lacuna. Parece-me facilmente desvendável a maior aspiração do responsável pelas atuais incertezas do Mundo, de que suas decisões e sucessivos recuos dão testemunho. Empresário experiente e nem sempre orientado por valores positivos, Trump busca maior fortuna, não o bem-estar da população que (não, pelo menos no pleito anterior) o elegeu. Isso é o que parece claro em suas idas-e-vindas, dependendo da reação dos seus ameaçados interlocutores. Melhor que este escriba provinciano, os governantes da China podem dizer algo mais.

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