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(Re)inventando a roda

Vez por outra, encontro nos media informações que despertam tanto interesse quanto despertaria, hoje, o anúncio da invenção da roda. Comentaristas, colunistas, jornalistas e especialistas respeitados escorregam nos vícios e desonestidades por eles mesmos condenados, acabando por envolver-se no clima que tanto proveito tem trazido aos alvos de seus comentários. Ainda ontem, li e ouvi que o governo Lula, com as perrengues produzidas pela intenção de tirar pouco que seja dos que amealham fortunas nem sempre explicáveis em sua origem, chegou à situação de refém do Congresso. Ora, o atual governo não chegou a essa condição agora, de chofre. Desde o início do seu terceiro mandato, o Presidente da República não conseguiu utilizar a esperança e o apoio político à promessa de reunir a nação e recuperar o ambiente político, social e econômico produzido pelo governo que o antecedeu. O resultado disso está registrado, cada dia com maior ostentação, nos índices de popularidade ultimamente divulgados. Assim, a subida da rampa do Planalto, com o forte e justificado simbolismo nela contido, ficou para trás. Daí em diante, a ação dos produtores de fake-news e os apetites do centrão se encarregaram de poluir ainda mais o ambiente político e impedir qualquer ação que tornasse viável alguma das mais importantes promessas do Lula candidato. Não foi a chegada de Hugo Motta à Presidência da Câmara, se não a sequência previsível de que o fim do mandato presidencial de Arthur Lira em nada alteraria o processo de manietação do Presidente da República, condenando-o à iminente incapacidade de governar. Se a direita conseguiu, com Lira, o desvio de polpuda parcela do orçamento público para uso no mínimo suspeito, tem cabido ao atual Presidente da Câmara dos Deputados avançar ainda mais na captura da res publica pelos apetites e interesses da direita e de seus representantes no Parlamento. Chegar hoje a conclusões e qualificações anunciadas desde o início (até antes dele, como sabemos) da gestão Lula-3, não diz bem do exercício profissional de grande parte dos comunicadores brasileiros.

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