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o papel tudo aceita

Pouco há a comemorar neste 5 de junho, oficialmente declarado Dia Mundial do Meio Ambiente. À parte a suspeita há muito formada em meu espírito, com relação à escolha de um só dia do ano para entretermo-nos com esse ou aquele tema, a realidade acrescenta outras razões. Fartamente divulgada, a corrida do Planeta para a exaustão de seus recursos naturais ganha celeridade. Não se deve à ignorância, portanto, o agravamento da que se tem chamado crise climática. Como tudo o que é criado na sociedade, a trajetória que nos levará ao colapso do Planeta é responsabilidade única e exclusiva dos que deveriam viver em harmonia com o meio ambiente físico, seres da Natureza que o criou, e da qual não nos podemos tornar hostis. Ouço, neste exato momento, o discurso de Marina Silva, a titular do Ministério do Meio Ambiente. Como sempre, vejo-a agigantar-se, fisicamente minúscula como é, toda vez em que fala dos temas afeitos à sua Pasta. Dizer assim é pouco, porque o mais justo seria atribuir a grandeza da vibrante acreana à convicção e à segurança com que aborda e discorre sobre as questões ambientais. Convicção e segurança não correspondidas, senão assimetricamente, por outros segmentos da sociedade. Por isso, eu precisaria mais do que uma cerimônia comemorativa. Dispensaria, de bom grado, um Dia Mundial do Meio Ambiente. Bastaria que durante todos os dias do ano a ganância, a voracidade, a exploração desordenada e mal-intencionada dos recursos naturais e o egoísmo que os orienta fossem superados. Decretos e leis são elaborados, aprovados e postos em prática, não é de hoje. Quem os torna realidade são as pessoas.

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