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O Brasil e a guerra

Terminada a II Grande Guerra, talvez nunca estivemos tão próximo de um novo conflito bélico global, quanto hoje. Mesmo a crise gerada pela instalação de foguetes da União Soviética em Cuba (1962) não chegou a tal ameaça. Menos porque faltasse a alguma das partes em confronto o desejo de eliminar a outra. A certeza de que a guerra ameaçava a sobrevivência do Planeta, todavia, forçava o recuo do que parecia impulso irrefreável. Convinha tanto aos Estados Unidos da América do Norte quanto à URSS manter a guerra fria. Simplesmente porque havia certo equilíbrio de forças, capaz de, pelo menos, manter a paz armada de que Estados Unidos da América do Norte e URSS eram fiadores. Hoje, graças à possibilidade de um e outro criarem em seus respectivos satélites arsenais bélicos com suficiente capacidade para destruir a Terra, a situação fica mais grave. Ainda que se ignorasse o papel norte-americano no treinamento de terroristas ligados às.diversas - talvez todas - as organizações paralelas, muito da insegurança resulta dos interesses do complexo industrial-militar denunciado por Dwight Eisenhower. Por maior o fingimento, a maioria dos cidadãos em todo o Planeta sabe o grau de envolvimento de sucessivos governos norte-americanos com a escalada de violência que leva a intranquilidade às mais remotas aldeias, mundo afora. Sem o estímulo, o apoio material e a cobertura política dada a Israel, Netanyahu não teria sequer permanecido no propósito genocida que o faz eliminar o povo palestino. Primeiro, transformando a faixa de Gaza na maior penitenciária a céu aberto do Mundo; depois, encurralando os palestinos num gigantesco gueto. Para, finalmente, tentar o golpe de misericórdia. Antes que isso ocorra, o Irã foi atraído para a disputa. Se isso surpreendeu o governo israelense, não se sabe ao certo, mas é pouco provável. O que é certo, por enquanto, é ter-se agravado o risco de um conflito com potencial e tendência de generalização. A guerra, odiada pela maioria da população mundial, tem seus defensores. O Brasil não foge a essa constatação.

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