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Simbolismo e mais que isso

A palavra, mesmo quando silenciada, diz muito mais do que esperam e pensam os menos argutos. Daí dizer-se estar contido nos detalhes o que mais importa em certas situações e fenômenos observáveis. Também é nas entrelinhas que se esconde muito do conteúdo das mensagens, especialmente quando quem as emite tem algum tipo de responsabilidade pública. Ou seja, quase todo indivíduo, algumas vezes mesmo os quadrúpedes que se locomovem sobre as duas patas traseiras. Enquanto reivindica para si mesmo o Nobel da Paz, o ignóbil soba dos Estados Unidos da América do Norte tratava de mudar o nome da Secretaria de Defesa. Da Guerra, passou a chamar-se aquele departamento norte-americano, em meio ao apoio com que o governo respectivo ajudava a exterminar o povo palestino, em Gaza. Em seguida, e tornado cada dia mais claro o declínio do império ocidental do césar fanfarrão, era preciso inventar novos pretextos para continuar subjugando povos, destituindo governos estrangeiros e inventando cruzadas de que nem o uno Átila foi capaz. Tudo isso não resultou em outra coisa, que a percepção da derrocada inevitável. Combater as drogas pareceu, então, a bandeira a levantar na esperança de que só cabem sábios e poderosos na parte norte do continente americano. Os latino-americanos receberiam com prazer a reiteração dos sofrimentos que antes lhes

foram impostos, mais uma vez com a aplicação da doutrina Monroe. A troca das palavras, reiterada, não logrou ocultar o verdadeiro significado do Make America Great Again. O MAGA que não engana, destituído de qualquer poder mágico, logo percebido na reiteração da agressão a outros povos e territórios. No rastro, o desejo de anexar a Groenlândia, retomar o canal do Panamá, fazer de Gaza o quintal que um dia foi sediado em Havana, controlar os poços de petróleo da Venezuela e - quem sabe? - tudo o mais quanto as riquezas do Brasil sugerem. A divulgação de recente documento oficial do governo norte-americano pôs luz nas sombras. E deixa a mensagem obscura apenas para os que prestam serviços ao império em frangalhos, mesmo à custa de trair os interesses de seu lugar de nascimento e de seus compatrícios. Antes, símbolo; agora, dura e crua realidade! Renda-se, quem quiser!

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1 comentário


swolffgeo
há 15 horas

E a FIFA concede só Trump um reconhecimento público pelos seus esforços pela paz.

Atendendo aos pedidos do próprio Trump.

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