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Educativo e cientifico

Pelo caráter educativo e pelo amor à Ciência por ele representado, o Bosque da Ciência do INPA é das mais importantes iniciativas registradas no Estado do Amazonas. Não basta informar que sua criação ocorreu em atendimento de permanente reivindicação da comunidade de profissionais reunida no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia. Nem é suficiente lembrar que coube a um dos mais destacados bolsistas do INPA, o professor José Seixas Lourenço, não só aplaudir a reivindicação dos seus dirigidos. Quando diretor do Instituto, ele criou o Bosque da Ciência. Para tanto, transformou o que antes era o parque residencial do diretor e outros cientistas em laboratórios de pesquisa. Vem daí do já longevo ano de 1995, a instalação do Bosque. Não faltaram acenos solidários e amistosos à iniciativa, alguns deles sem outra consequência que a divulgação pública dos gestos supostamente louváveis. Não fosse o decidido apoio da Petrobrás, a proposta dos cientistas iria por águas abaixo e a determinação do diretor do INPA teria sido o sonho de uma noite chuvosa, raios e trovões nela incluídos. Teriam todos, cientistas e os que mais tarde viriam a prestigiar e visitar o Bosque, sido levados pelas águas lamacentas do desinteresse, quando não, da mais vil hostilidade a tudo quanto revele sentimentos e valores de que só os seres verdadeiramente humanos desfrutam. Nos 29 anos seguintes, o local tornou-se um símbolo, não apenas um sítio procurado pelos turistas ou um retrato do folclore tão interessadamente proclamado pelos que só têm olhos e bolsos fixados no dinheiro. Quem deseja ter um retrato da Amazônia e da complexidade apontada por Djalma Batista (ele mesmo, um dos cientistas que dirigiram o Instituto) vai ao lugar, habitando a cidade ou por aqui passando. E lá constata as várias formas como se apresenta a Região e a multidiversidade característica da terra e da gente aqui instalada. Só o fato de as famílias vizinhas terem apoiado a criação do Bosque, em processo inicial de ocupação por seus filhos, diz da sabedoria popular. Graças a isso, o projeto Pequenos Guias do Bosque marcou a primeira fase do lugar, credenciando-o como uma das mais promissoras iniciativas públicas na cidade de Manaus. Se o turismo é beneficiado, não o são menos a educação, a cultura, a arte e o próprio sentimento de cidadania.

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