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Cinismo odiento

Ler declarações e ouvir pronunciamentos de Joe Biden e seus auxiliares sobre o desejo de uma pausa humanitária não pode ser mais - nem menos - que revelação de extraordinário cinismo. Israelenses e palestinos não se estão matando, principalmente, porque valores e interesses que dizem respeito a uma imposição de sua própria história o determinam. A tradicional hostilidade entre os dois povos não dá conta das verdadeiras motivações da guerra em curso. Nem se tem certeza de que a maioria dos judeus apoia a fúria exterminadora de Benjamin Netanyahu, tanto quanto é absolutamente incorreto avaliar que o Hamas representa todos os palestinos. Esquecer que Ytzaack Rabin, Simon Peres e Yasser Arafat chegaram próximos da paz definitiva é pecado exigente de reparação. Tanto os entendimentos entre essas lideranças avançaram, que seus protagonistas ganharam o Nobel da Paz. Também por isso, o ex-Primeiro Ministro israelense foi assassinado. A maioria das nações e das populações do Planeta deseja a paz. Então, por que ela não é alcançada? É preciso, portanto, olhar ao redor. Identificar a quem aproveita o crime maior é indispensável. Alguns dos beneficiários da guerra - dessa e de tantas outras - já se conhecem. Lamentável, mas indispensável é dizer que não pode ser excluído desse maligno rol o governo dos Estados Unidos da América do Norte. O mais proeminente deles, porém, não está sozinho. Nem cessa a volúpia por reafirmar sua pretensão de dono do mundo. De qualquer outro lugar de onde venha um apelo, seja pelo corredor humanitário, seja pelo imediato cessar fogo, pode ter algum crédito. A Casa Branca, todavia, não gera qualquer dúvida. Os interesses de uns movem o ódio de outros, mesmo quando minoritários.

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