Ainda chegará o dia em que a Ciência dedicará recursos e tempo ao estudo de uma espécie que trasita entre o humano e o sub-humano. Este, capaz de executar todas as tarefas e funções fisiológicas a cargo dos organismos animais (inferiores, como a arrogância humana os concebe) e, em concomitância, não conseguir mais que isso. São espécimes desprovidos de valores, talvez macunaimas imperceptíveis mesmo à observação e criatividade de Mário de Andrade, dentre outros. Tal sub-espécie traz consigo, além das carências morais, grau de sadismo só satisfeito à custa do mal causado ao maior número dos seus contemporâneos. Assim, louvar os que matam ou mataram para eles não causa qualquer constrangimento, como não lhes parece vergonhoso e reprovável contribuir propositalmente para a morte de milhares de pessoas. Explodir uma usina de abastecimento de água e, dessa forma, condenar à morte outros milhares (quem sabe milhões) de outras pessoas soa-lhes a uma façanha digna de admiração. Porque, o exemplar dessa sub-espécie o sabe, não lhe faltarão a companhia e o aplauso dos seus iguais. Sua proximidade física e fisiológica com aqueles que temos por humanos facilita sua inglória tarefa. Até o dia em que, apostando todas as fichas em suas próprias perversões, eles extrapolam o limite de todas as tolerâncias e são alvo da reação dos que, estes sim humanos, percebem o Mundo e sua realidade como ela é. Se lhes resta ao menos uma das condições humanas a que se refere Hannah Arendt, sua conduta se altera, mas não substancialmente. Qual cachorro acuado, tipos assim limitam-se a ganir dramaticamente ou vão ao choro fácil, ambos - ganidos e choro - denunciadores de sua miséria moral e de sua profunda aversão à sociedade humana. Ao ódio de que sempre se fizeram portadores corresponde o dó sem piedade, a compaixão sem compromisso, a pena generosa e humilhante sempre por eles merecida. Para essas sub-pessoas, o apodrecimento chega sempre antes do chamado último suspiro.
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