A rigor, toda decisão envolve riscos. Avaliar entre as suas inevitáveis consequências, desejáveis e indesejáveis, é o mais pesado ônus imposto ao decisor. Também o mínimo que tem a fazer o administrador responsável. Tanto mais se conheçam os problemas e as circunstâncias a ele relacionadas, maior a probabilidade de reduzir as más consequências e otimizar os resultados positivos. Repita-se, sempre buscando a percepção mais ampla do problema. A busca dessa percepção, não raro esbarrando em dificuldades, tem feito muito decisor desistir. Estaremos, portanto, diante de um mau decisor. Alguns chegam até ao extremo da omissão. Esta, sem dúvida, a pior decisão. Ainda agora, se os meios de comunicação estão informando corretamente, pouco se pode esperar da mobilização dos setores oficiais, em relação à segurança nas escolas. A morte de 4 crianças e os ferimentos em outras na faixa etária de 4 a 7 anos, em creche de Blumenau - Santa Catarina, tem dado mais destaque aos aspectos da segurança que à questão educacional. Fala-se de tudo, inclusive o recorrente agravamento das penas. Não tardará, quando outras mortes tiverem sido choradas e novas tragédias ocuparem o tempo e o espaço dos media, serão mostrados os oceanos de dinheiro público despendido, como se o enriquecimento dos que o terão recebido fosse o único e exclusivo objetivo. Os verdadeiros traficantes continuarão a frequentar as altas rodas, derramadas as lágrimas dos familiares da raia miúda.
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