O segundo turno das eleições municipais ocorre no próximo domingo. Em menos de uma semana, portanto, conheceremos quais os gestores de grande parte dos Municípios brasileiros, em todas as regiões. Observa-se, já, quanto a direita avançou, na conquista de importantes capitais. Além da constatação do expressivo crescimento do PSD, sigla majoritária nesse lado do espectro político. Queira-se ou não, o partido de Gilberto Kassab tem peso considerável e crescente, na política nacional. Beneficiado, todos sabemos, pela inexistência de coluna vertebral, algo que os modernosos chamam resiliência. Embora o fisiologismo característico dessa legenda, como de muitas outras antes consideradas "de aluguel", não seja original. Seria demasiado ingênuo supor que o PSD tem outro valor a anima-lo, que não seja o apetite e a intimidade com o poder. A presença de gente de suas fileiras, no governo de São Paulo em concomitância com postos ocupados no governo federal, diz tudo. Esse é problema que não encontrará resposta eficaz, se partidos pretensamente "de esquerda" continuarem deixando-se atrair pelo poder, e nada mais. Nos menos de sete dias que faltam para o segundo turno neste particular aspecto, nada se pode fazer. Ocorre o contrário, no que se refere à apuração de delitos eleitorais imputados ao candidato oposto e correligionário (filiado a outra legenda) de David Almeida, que tenta impedir a reeleição do atual prefeito de Manaus. Os dias que faltam para a decisão nas urnas não impossibilitam iniciar as investigações sobre o que foi denunciado. A rigor, aos suspeitos mais que a quaisquer outros cidadãos, rigorosa investigação deve interessar. Por isso, o opositor de David Almeida está desafiado a exigir e envidar todos os seus esforços para que o processo seja instaurado. Será que esse outro capitão fará isso? Ou, por motivos igualmente condenáveis e com fundadas razões, acusará o adversário da prática de delitos por ambos supostamente praticados?
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