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Resistir é preciso

O propósito de reconquistar e expandir o poder enfraquecido de seu suposto império impõe desafios de que ainda não se sabe até aonde levará o pretenso imperador. Exigir que Trump avaliasse adequadamente o cenário de seu próprio país e da comunidade internacional, equivaleria cobrar de um asno complicado cálculo matemático. Onde não cabem a arrogância e a violência, personalidades como a do recém-reconduzido Presidente norte-americano têm pouco espaço para prosperar. Viessem apenas da Dinamarca, do Panamá, do Canadá e da Alemanha as críticas ao Presidente Donald Trump, seria mais fácil admitir que ele enfrentaria dificuldades superáveis sem maiores esforços. Não é este o caso, porém. Chefes de estado menos poderosos conseguiram levar adiante certas propostas aventureiras e belicosas, crentes em que em torno delas obteria o apoio unânime de suas respectivas sociedades nacionais. Os grandes exemplos, no plano político e econômico, nos são dados pela Argentina de Videla e o Reino Unido de Ben Johnson. A guerra das Malvinas e o brexit não passaram de tentativas mal-sucedidas. Donald Trump, antes mesmo de assinar os decretos que reuniram procuradores em protesto contra ele, provou o gosto amargo de licor que lhe foi servido em cerimônia de tom religioso costumeira, sempre que há troca de imperadores. Nas monarquias e nas repúblicas que aspiram à rotina imperial. No culto ecumênico da última segunda-feira, coube à bispa protestante Mariann Edgar Dudde condenar as políticas anunciadas, em nome da misericórdia. E mostrar a Trump, a todos os norte-americanos e à sociedade internacional, quanto o Presidente da nação mais poderosa e belicosa do Planeta compromete a paz mundial. Resistir às pretensões imperiais de Trump, portanto, envolve interesses e valores políticos, religiosos, econômicos e humanitários. Os que desejam a paz, em especial os que se dizem cristãos, desmentem-se, ao aplaudir ou apoiar o pretenso dono do Mundo.

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