Empenhado em procurar a todo instante o conforto que seu superior deseja, o sr. Augusto Aras deslustra o cargo que ocupa e desmerece o respeito de seus concidadãos. Um dia ele ainda será colocado (se ainda não o foi) na mesma galeria em que é figura preeminente o ex-Procurador-Geral da República Aristides Junqueira, por sabidos e reconhecidos méritos chamado de engavetador-geral da República. Com acréscimo que ele mesmo, Aras faz por merecer. Na verdade, além de engavetador, ele é promotor de atos que comprometem, além do seu próprio nome (problema que só a ele cabe enfrentar), o conceito de república. Não bastasse toda a sorte de atos impróprios por ele inspirados, proporcionados e conduzidos, achou-se agora de apelar para o expediente de que se valem seus superiores e pares instalados em diversos outros gabinetes de Brasília. A porrada no lugar do argumento, o autoritarismo ao invés do trato civilizado. Imagine-se que o procurador de araque dispusesse, na ocasião, de um revólver! Ou ele o teria no coldre, mas a coragem de acioná-lo teria sido pouca? Possivelmente, Aras terá deixado em casa a arma, esse objeto que faz de covardes candidatos ao heroísmo e torna frouxos em intimoratos defensores do justiçamento. Jamais da Justiça. Pois bem: no primeiro caso, se o procurador (ainda não se sabe bem de quê) acionasse o gatilho, talvez teria conseguido o resultado que o pai do ex-Presidente Fernando Collor de Mello alcançou - matar seu colega de senado, José Kairalla, do Acre. Ou, caso tivesse apontado a arma sem a coragem suficiente para premir o gatilho, correria o risco de ouvir o que o então deputado estadual Armando Carneiro (PSD-PA) ouviu de seu pai: puxar a arma e não detonar o tiro é coisa de covarde! Isso ocorreu na década dos 1950, na Assembleia Legislativa do Pará. A vítima do tiro, se certeiro e disparado, teria sido o deputado Reis Ferreira (UDN-PA). Carneiros e Ferreiras disputavam as riquezas de Marabá. Se Augusto Aras não acha dever satisfações e conduta primorosa na PGR, eu achei esses exemplos para comentar sua (má) conduta.
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