Certamente ato da maior gravidade que todos os demais, o registro na ata da mais recente reunião do COPOM agride o senso comum e o conhecimento de importantes estudiosos da Economia. Mais grave, ainda, é a agressão aos brasileiros, com todas as vicissitudes que a desigualdade impõe. Ao informar que a elevadíssima taxa de juros pode chegar a patamar ainda maior que o ora fixado (13,75%), o Conselho de Política Monetária não só desafia os poderes da república, pois comete imperdoável agressão ao povo brasileiro. Ao contrário da expectativa da maioria dos especialistas, a taxa não fol alterada para baixo. Pior que isso, a probabilidade de sua majoração sequer vem inscrita nas entrelinhas. Ela é explícita, com o que comprova de vez a inadmissihilidade da soberania do Banco Central e daquele Conselho, ambos sobrepostos à autoridade do Presidente da República, das duas Casas do Congresso e do Poder Judiciário. Pelo menos em termos de política econômica, financeira e monetária, a autoridade máxima se vê deslocada para o BCB e o COPOM. Por mais que alguém lembre certa similitude com o chamado gabinete paralelo, este não é tão danoso quanto a ostensiva hostilidade daqueles dois órgãos à vontade popular, de que o governo eleito é portador. Erros e acertos governamentais, em especial os que se relacionam ao combate à inflação e aos investimentos públicos não podem mais ser atribuídos ao poder central, mas àqueles órgãos, transformados em inimigos da República. Nunca é demais lembrar que metade do orçamento público nacional é destinado ao pagamento de dívida que, por mais que isso seja reivindicado, não se deixa auditar.
top of page
1 Comment
bottom of page
Lula não conseguirá governar de acordo com seus ideais.