Israel matou Hossam para silenciar seu jornalismo em Gaza
- Professor Seráfico
- 1 de abr.
- 2 min de leitura
Hossam Shabat morava no norte de Gaza, tinha 23 anos e estava em lista de alvos de Israel. Deu a vida por seu jornalismo corajoso
O jornalista estava em uma lista de alvos dos militares israelenses, juntamente com outros cinco jornalistas palestinos, e recebia regularmente ameaças de morte, por telefone e por mensagens.
Embora fosse muito jovem, Hossam entendia bem o imenso risco que corria, e deixou uma Carta de Despedida, que foi publicada nas redes sociais por sua equipe:
"Se você está lendo isso, significa que fui morto — provavelmente, perseguido — pelas forças de ocupação israelenses.
Quando tudo isso começou, eu tinha apenas 21 anos — um estudante universitário com sonhos como os de qualquer pessoa.
Nos últimos 18 meses, dediquei cada momento da minha vida ao meu povo. Documentei os horrores no norte de Gaza minuto a minuto, determinado a mostrar ao mundo a verdade que eles tentaram enterrar. Dormi em calçadas, em escolas, em barracas, qualquer lugar onde eu pudesse. Cada dia foi uma batalha pela sobrevivência. Suportei a fome durante meses, mas nunca deixei de lado o meu povo.
Por Deus, cumpri meu dever como jornalista. Arrisquei tudo para relatar a verdade, e agora, finalmente descansei — o que não pude fazer durante os últimos 18 meses.
Fiz tudo isso porque acredito na causa palestina. Acredito que esta terra é nossa, e foi a maior honra da minha vida morrer em sua defesa e a serviço de seu povo.
Peço a vocês agora: não parem de falar sobre Gaza. Não deixem o mundo desviar os olhos.
Continuem lutando, continuem contando nossas histórias — até que a Palestina esteja livre.
— Pela última vez, Hossam Shabat, do Norte de Gaza
Comments