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Falta palavra

Confesso minha atual incapacidade de qualificar a conduta do Congresso, diante das dificuldades nacionais. Qualquer adjetivo com teor negativo estará longe de fazer justiça à maioria dos parlamentares. Refém do Poder Legislativo, Lula vem acumulando sucessivos revezes, a despeito de contar em seu Ministério com a presença de representantes de uma constelação partidária, no mínimo, esdrúxula. O jornalista Luis Nassif chama a atenção para o que ele considera verdadeiro cerco ao governo, para inviabilizar qualquer esperança de recuperação. A conduta chantagista da Câmara, primeiro conduzida pelo ex-Presidente Arthur Lira, não cessou, nem se tem tornado menor, com Hugo Motta. A entrega de substancial parcela do orçamento ao arbítrio dos deputados, operada no governo anterior, estimulou avanço cada dia mais voraz sobre o Erário. Pior, enquanto reduz a capacidade de o Executivo cumprir o que prometeu, gera novas despesas em benefício dos parlamentares. Além de, antes, ter negado a aplicação de regras tributárias com o mínimo sentido de justiça. Enfim, observa-se que os golpistas frustrados em 08 de janeiro de 2023 não interromperam sua marcha antidemocrática. Nem se intimidam com o cumprimento, pelo Poder Judiciário, do devido processo legal. Por isso, a sensação que se tem é a de que ainda está por nascer um dicionarista que registre termo adequado à conduta da maioria dos parlamentares.

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