Defensor de políticas ambientais mais que qualquer dos seus colegas, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi entrevistado ontem pela jornalista Miriam Leitão, da Globo News. O líder do governo no Senado deixa impressa na mente dos que o ouvem (e às vezes vêem) a sensação de estudar os problemas com que se há, no desempenho dos mandatos que tem conquistado. As respostas dadas por ele, na qualidade de relator da reforma tributária em tramitação no Senado, além de diretas e objetivas, foram claras. Daí ser possível imaginar que seu relatório cuidará de introduzir alguns pontos positivos no sistema de financiamento das atividades e funções a cargo da União. Mesmo evitando aumento da carga tributária, o senador amazonense considera indispensável desonerar a cesta básica, pela influência desta na sobrevivência da maioria da população. Quando perguntado sobre a tributação das atividades profissionais liberais, o relator mostrou a inconveniência de sobretributar o segmento a que se referem essas atividades, mas recomendou intervir para que a pejotização (a criação de pessoas jurídicas, PJ) não mantenha distorção responsável por decréscimo na arrecadação pública. E indicou o desdobramento das PJs, sempre que seus ganhos chegam ou ultrapassam o limite de isenção. Eduardo Braga não se furtou a falar, quando a jornalista pediu respostas sobre a zona franca e a prospecção de petróleo na Amazônia. A respeito da primeira, Braga lembrou a importância do estímulo e da decisão do atual governo federal, que deixou para trás o longo período em que o Centro de Biotecnologia da Amazônia patinhou e não saiu do lugar. E os que têm a missão de gerar, a partir do CBA, a criação de alternativas benéficas à economia regional, encontraram expressiva infraestrutura, graças à SUFRAMA. Quanto à prospecção de petróleo na Amazônia, o ex-governador do Amazonas e sua entrevistadora concordam: a área onde está sendo proposta a atividade não é, rigorosamente, a foz, mas o mar alto em território amazônico. Eduardo esclareceu que a 30 km da área os franceses do Departamento da Guiana já produzem gás e óleo. Adversário da exploração ali, sobretudo por ver próxima a substituição de fósseis por energia limpa, reconheço ter ouvido pela primeira vez argumentos pelo menos dignos de apreciação. Reconheço, ainda, ter sido Eduardo Braga o governador amazonense que criou e desenvolveu políticas ambientais saudáveis.
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