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Empurrando o rolo para a frente

O programa Desenrola, que se iniciou nesta semana, não significa mais que rolar a divida. E enrolar ainda mais os endividados. Pelo menos em sua primeira fase, não há qualquer outro benefício, se não o cancelamento da negativação do devedor. Isso, quando ele deve total igual ou menor que R$ 100. Ou seja, cem reais. Ora, todos sabem quão oneroso seria para o credor pleitear pela via judicial o resgate do insignificante crédito. Melhor, então, abrir mão desse valor, facilmente recuperado, se a liberação do cancelamento põe o devedor em condições de solicitar novo financiamento. Aqui, entra algo que parece ter inspirado a decisão. A extraordinária concentração da riqueza põe nos cofres das instituições financeiras dinheirama que, sem demanda, fica parado, sem gerar os rendimentos desejados. Ou seja, se os juros altos não estimulam os investimentos, é preciso encontrar outro destino para tamanha riqueza acumulada. Isso torna mais compreensível a verdadeira guerra de oferta on-line de emprestimos, de que as instituições financeiras se têm válido. Assim, o primeiro - e talvez único - beneficiário do Desenrola será o setor financeiro. Os enrolados de hoje se caírem na esparrela, logo verão aumentada sua dívida. A despeito de a Ministra SimoneTebet dizer não ser possível repetir o Desenrola, em 2024.

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