O discurso antidemocrático da direita, baseado em mentira, falácia e agressividade, não cessa. Ao contrário, multiplica-se e inclui alta dose de falsa inovação. Há pouco, ouvi de um dos porta-vozes desses falsos democratas ataques aos políticos, como se nada tivesse de político em seu pronunciamento. Dizer-se apolítico, ainda que grosseira mistificação, é uma das fórmulas mais em voga na atualidade brasileira. Fracassa ainda mais a tentativa de esconder as verdadeiras intenções desse discurso, quando o orador investe diretamente contra o Estado. Não apenas por repetir a insistente oposição entre a suposta superioridade da economia de mercado vis-a-vis as funções sociais do aparelho estatal. Desta vez, o pregador condena ação dos políticos, generalizando a situação, sob o pretexto de que os recursos públicos são assim e sempre desviados. E haja mentiras ou omissão quanto à forma como os recursos públicos vão ter aos cofres privados. Mal escondida, é fácil identificar no discurso mentiroso, a defesa de mais incentivos aos setores ditos produtivos ou, para dizer o menos, a crítica à fixação de políticas tributárias. Aquele discurso atrás do qual se escondem os sonegadores, não obstante boa parte destes serem beneficiários dos vários instrumentos de estímulo à produção. O autor desse pronunciamento inovador de inimigo da democracia é o deputado federal em segundo mandato Gilson Marques, nem a propósito do Novo, de Santa Catarina. Confessa-se empreendedor, mas esquece que a atividade de um homem de negócios não é o exercício de um mandato popular. Isso é tarefa de políticos. Em todo caso, há os imbecis que acreditam nas falácias por ele propagandeadas.
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