Chega de toda parte a insinuação. Ora mais forte, como um grito; ora sussurrada apenas, o certo é o aumento da quantidade dos que põem em dúvida a efetiva instalação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito para investigar os atos terroristas de 8 de janeiro. Resistências houve, partidas de diferentes e divergentes fontes. Depois, seja lá o que tiver ocorrido debaixo do pano, um lado e o outro concordaram em que é necessário pôr tudo em pratos limpos. O grau de limpeza desses pratos, todavia, parece carecer de definição. A impressão que se tem é de agitadas atividades de bastidor, não para assegurar o funcionamento e, mais importante, resultados que se traduzam no fortalecimento da democracia e na responsabilização de todos os envolvidos no golpe frustrado. Por enquanto, as fichas estão postas na mesa a que se relacionam os interesses do ex-faz-tudo Anderson Torres e o cumpridor de ordens do ex-Presidente da República, Mauro Cid. Não se duvide que o Ministro Alexandre Moraes pretende levar às últimas consequências as investigações sob sua responsabilidade. Nem se espera que o membro do STF siga o desvio trilhado pelo ex-magistrado que sujou velozmente o que seria uma Lava Jato. Mais que ninguém, Moraes tem seu nome amarrado à confiança e à esperança da maioria da população. Abandonar o devido processo legal, portanto, não está no radar de ninguém. Essa é uma terrível (ops!) hipótese. Resta, contudo, pressionar para que o Congresso faça o que lhe cabe. A instalação e o funcionamento da CPMI passaram a ser uma reivindicação da sociedade, em especial daqueles que, sem mandato eletivo, ainda acreditam na possibilidade de os parlamentares cumprirem à risca os mandatos de que estão investidos. Até agora, não há como isentá-los da suspeita de que fazem corpo mole.
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