As redes antissociais vieram para ficar, como a desigualdade. Esse é o resumo do pensamento que orienta grande parte da sociedade, especialmente aquela a quem a miséria material alheia, a fome, a doença e o desemprego beneficiam. O que falta às crescentes porções de seres humanos castigados por um sistema econômico e político, em termos materiais, é confrontado pelas carências éticas, morais, humanitárias e políticas expostas pelos outros. Quanto mais acumulam, frequentemente graças à exploração desumana dos que ironicamente chamam semelhantes, mais suas mentes podres engendram mecanismos e pretextos para alargar o fosso entre os que tudo têm e os de tudo desprovidos. Assim é, assim tem sido, pelo menos nas últimas quatro décadas. Nos dias que correm, com a agravante de a criação e a disseminação da mentira serem elevadas à condição de direito a ser protegido e ampliado. Não é outra coisa que têm feito as redes antissociais, cujo maior interessado é o biliardário Elon Musk. Pretendendo-se dono do mundo, o proprietário da X semeia e espalha em escala global a maldade de seus propósitos, um dos quais a dominação de mentes e coisas, ambas interferindo na (má)formação de indivíduos destituídos de valores minimamente passíveis de serem considerados humanitários. Mesmo a soberania de que deveriam gozar as nações, em todos os continentes, é desprezada por Musk. Não é de admirar que seja assim, no que concerne a ele mesmo, como o dizem as práticas que ele cria, ensina e reivindica. É inadmissível, no entanto, que cidadãos dos países sobre os quais Musk deseja impor seus maus desígnios embarquem no barco de que ele é Caronte. A alegação de que é atentado contra a liberdade de expressão coibir a produção e disseminação da mentira via internet não procede, como o tem dito numerosa grei de democraticidas. Louvando-se em épocas anteriores ao iluminismo, pseudo-intelectuais pretendem fazer-nos viver na época da informática da mesma forma como vivíamos séculos antes. Por isso, indivíduos assemelhados, em coração e cérebro, aos que habitavam o Planeta quando ainda havia dúvidas sobre a forma da Terra tentam mostrar a desejabilidade de colocar-se a mentira no lugar da verdade. Talvez muitos dos que o fazem estejam identificados mais com os homens das cavernas que com a sociedade do terceiro milênio. O mínimo que se pode dizer deles, se tivermos um pouquinho que seja de generosidade, é que são uns anacrônicos.
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