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A velharia nova

Oportuno e esclarecedor o artigo publicado pelo cientista político, sociólogo e advogado Carlos Santiago (O eleitorado do discurso do novo que é conservador, Em Tempo, 02-7-2024). Nele, o Coordenador do Comitê Contra a Corrupção Eleitoral identifica a posição de muitas das lideranças políticas surgidas depois da ditadura, no Amazonas. Enriquece a lista dos mais notáveis, quase sempre também notórios, com outros nomes, que se poderia dizer em certo sentido ainda incubados. Deles não se conhecem trabalhos dignos de atenção, sendo que a maioria pula de galho em galho, na esperança de encontrar companheiro mais experiente que possa dar um empurrão. Quase todos desses emergentes políticos - chamemos assim - não têm luz própria, sendo que não se conhece se eles têm ou não consciência disso. Também é difícil, em relação a alguns, saber se buscam o emprego sem necessidade de pôr à prova seus conhecimentos ou aptidões, ou se lhes povoa a cabeça alguma ideia, elementar que seja, a respeito dos problemas com que se há a sociedade. É aí que garimparão votos. Quase todos os mencionados por Santiago ou um dia corresponderam à fotografia aqui desenhada, ou seguem seus atuais guias. Curioso - e esse o aspecto que o articulista mais destaca - é o conceito de novidade que alimenta esse grupo que se pretende identificado com os interesses da população. Usam a carteira de identidade e o registro civil de nascimento com a intenção de mostrar-se novos. Dentre esses, muitos há empenhados - enquanto isso lhes for materialmente vantajoso - em acompanhar lideranças que lutam pela volta da barbárie. Se o eleitor levar em conta esses aspectos, é quase certo que gente desse tipo não chegará muito além dos gabinetes protetores. Sendo que entre os antigos auto-proclamados novos há muitos da mesma qualidade.

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