Balneário Camboriú reuniu o que há de mais retrógrado no pensamento político do Brasil e de algumas outras nações. Maior destaque foi dado ao Presidente da Argentina, Javier Milei, e não sem razão. A reunião do Centro de Ação Política Conservadora - CAPC, naquela cidade catarinense, tem significado simbólico maior do que outros eventuais (apenas isso) resultados. Primeiro, porque a ele foi dada preferência pelo bufão que preside o país vizinho, a mesma terra onde nasceu o consagrado escritor Jorge Luís Borges, em comparação com a reunião do Mercosul. Neste caso - a preferência do interlocutor de cachorros -, Milei deixou de ir a uma reunião de chefes de estado, para encontrar sua turma. Aquela que luta para reinstaurar a barbárie em toda a face da Terra. No passado, havia quem, maliciosa e injustamente, chamava aquela simpática unidade federativa de o Piauí do Sul. Uma piada de mau gosto e injuriosa para um e outro estado. O Balneário, uma das cidades que mais crescem no País, vem atraindo a atenção não apenas dos investidores, mas de políticos desejosos de explorar todas as possibilidade de ganhar dinheiro, mesmo se com frequência esses ganhos podem vir de atividades ilícitas. Dos brasileiros que participaram da reunião do CAPC, pelo menos três têm sua situação sub judice, não sem fundadas razões, nem à margem (!) de rigorosa apuração policial. Curioso é o fato de pertencerem à mesma família, sendo que o Município-sede da conferência foi escolhido como plataforma de onde será lançado mais um detentor do mesmo sobrenome na carreira política empreendida pelos demais membros do grupo familiar. O desprezo pela política, fartamente alegado pelos conservadores (reacionários seria mais adequado chama-los) brasileiros, só engana os trouxas. Muito menos tem credibilidade maior que uma cédula de três reais considera-los conservadores. O que desejam todos eles, de Milei a Netanyahu, de Orban a Modi, é a volta à barbárie. Sem falar em outros, capazes até de apropriar-se de bens do patrimônio público, por isso indiciados como ladrões de joias. Santa Catarina prospera economicamente, da mesma forma que aumenta a desigualdade em seu território, onde se multiplicam as células nazistas brasileiras. Não merece, como não merece o Piauí, o desdém que as elites brasileiras tanto cultivam. Dizer de Balneário Camboriú que por dias foi a sede da barbárie parece de bom tamanho.
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