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A pátria - ou eu

Esse pode ter sido o dilema enfrentado por Mauro Cid, ao delatar as atividades da organização criminosa condenada pelo Supremo. Envolvido do quepe aos coturnos, na trama golpista frustrada em 08 de janeiro de 2023, o ajudante-de-ordens do capo muito se beneficiou com a delação. O grau de conhecimento da mobilização, coordenação e operação dos golpistas de variadas funções e instâncias, mesmo sendo apenas débil e incipiente fio da trama, facilitou o trabalho dos investigadores. Para não jogar fora os anos passados e os serviços prestados, mais a pessoas que à força e ao País, asseguraram pena mais branda ao tenente-coronel. O que se pode esperar, agora que Cid não recorrerá do acórdão, é o pedido de reforma. Assim, ele fica poupado de ver jogada na lata de lixo do Exército a patente que o levara a posição destacada e prestigiada, na intentona golpista. Os delatados, ao contrário, aguardam a hora de atravessar os portões de penitenciárias instaladas em diversas unidades federativas, a Papuda sendo a mais importante. É possível, até, que esse ingresso nada triunfal ocorra, coincidentemente, com a decolagem do voo que levará o oficial, já reformado, sabem para onde? Acertou quem disse que Cid se homiziará nos Estados Unidos da América do Norte. Lá, onde gente assemelhada busca refúgio, como estamos cansados de saber. Esse é capítulo fundamental para os que desejam saber da utilidade de intenções e arroubos pretensamente patrióticos por muitos invocados.

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