Aprendi antes de chegar à provecta idade, quão rápidos os tempos da modernidade. Também firmei convicção. Mais veloz seja, o tempo nunca passa; nós é que passamos. Quando chegamos, já estava ele instalado. Quando formos embora, ele permanecerá. A recepção a ser prestada aos que chegam não será a mesma com que nos acolheu quando chegamos. Nas choupanas e nos palácios. Vítima dos que passaram, o tempo fica e seu próprio espaço, sua duração - é o sempre. O resto, o que sobra dos que o deixaram é que faz o tempo, na sua imutabilidade tão cambiante, ser diferente do que foi. Sempre, também. Como eternamente - sua duração - nele estará, conforme a processo que lhe é próprio, só ou em sociedade, o animal que se diz inteligente. Talvez porque só ele tem consciência de sua condição. Com todas as virtudes e vícios que o fazem ser o que é. Constante e passageiro, o homem terá feito da sociedade um escravo do seu tempo ou de outros tempos dados por findos; ou, ao contrário, descortinará novos horizontes, e encaminhará seus sucessores movidos por ventos alvissareiros, futurosos. E frutuosos. Bons ou maus; doces ou ácidos; suaves ou ásperos - em todo caso, serão o fruto de sua passagem. E lá se vai o tempo, senhor de todas as coisas...
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