Desde ontem, a livraria Nacional festeja 48 anos. Encontro com sete escritores realizou-se ontem, para marcar quase meio século de atividades da Casa. À sua frente, desde o início, o amigo dos livros e dos amigos dos livros, José Maria Mendes. Morando em Manaus há 55 anos, acompanho a trajetória e os percalços enfrentados por José Maria e seus iirnãos, desde os primeiros tempos da Nacional. Posso testemunhar a dedicação e o compromisso do livreiro, muito antes de ele se ter estabelecido em Manaus.. Conheci-o, ele ainda um adolescente, entre os estreitos corredores da livraria Dom Quixote, em Belém. Acadêmico de Direito e leitor inveterado, não foram poucas as vezes em que tive meu apetite pela leitura merecedor da atenção e dos préstimos do jovem José Maria Mendes. Ao ponto de não lembrar, além do local onde se situava a Dom Quixote (galeria do Palácio do Rádio), do nome do proprietário (o escritor Haroldo Maranhão) e um dos auxiliares dele - o adolescente José Maria Mendes. Reencontrei-o em Manaus, para onde ele trouxe na bagagem o amor aos livros e ao serviço de pô-los ao alcance das mãos de quem os estima. Talvez não sejam muitos os que se entregam.a uma tarefa com tanta fidelidade quanto ele. Por isso, destacar os 48 anos da Nacional e reconhecer o quanto ela representa para a cidade de Manaus, é o mínimo a fazer. Faço-o, por justiça.
Vida dedicada aos livros
Atualizado: 20 de mar. de 2023
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