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Quase certeza

Pelo que leio, ouço e vejo nos mais diferentes órgãos de comunicação, é certa a condenação dos integrantes do que a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República chamam núcleo crucial do golpe. Nada além do que o apurado nas investigações iniciais do devido processo legal em curso, foi acrescentado pelos depoimentos do início da semana. A rigor, tirando-se a transformação de valentões em doces e afáveis cordeiros, foi apenas cumprido o rito determinado pela Constituição e as leis penais. Para que amanhã não se chegue à mesma conclusão a que chegou o Poder Judiciário, em processo instaurado sob o comando do atual senador Sérgio Moro - a total desmoralização do rito judicial, em ostensivo interesse das partes envolvidas. Neste caso, excluídos aqueles aos quais se atribuiu a prática de crimes, dado que investigadores, procuradores e julgadores buscavam chegar não a uma sentença justa e obediente ao legítimo processo, mas compensadora para os (ir)responsáveis condutores do que se imaginava um bonde da legalidade. Implacável, a História mais uma vez dá lição a que nem todos dispensam a atenção devida. O que todos esperam - certamente os advogados que defendem os integrantes do núcleo crucial do (frustrado) golpe ou membros de uma organização criminosa (como registrado nos autos), também - é o esforço dos defensores por minimizar a pena dos futuros condenados. Se, em passado ainda não apagado da memória dos que observam o cenário político e administrativo do Brasil, houve momento em que o então Ministro da Segurança Institucional considerou simples descuido de um suboficial a presença de narcótico em avião da força aérea, desta vez foi o ex-Ministro da Justiça quem atribuiu à fatalidade o encontro de um documento descritivo do processo de golpe de estado em sua residência. É preciso dizer mais, para condenar os sócios da frustrada empreitada?

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