top of page

Padrinhos e pais da realidade atual

Desde que a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas, sob as asas da Rússia, se dividiu, alastrou-se pelos cinco continentes a ideia de que o capitalismo traria a paz à Terra. Todos os países, reunidos segundo os cálculos, mais que as ideias do mercado, desfrutariam da Paz que fascistas e nazistas trataram de solapar. Daí, então, a guerra fria foi substituída por outro tipo de guerra, graças aos avanços tecnológicos a que não acudiu igual progresso nos valores ético cultivados e disseminados. Já não se tratava mais de partir para a debelação da fome e da exploração do homem pelo homem, mas a de pôr essas mazelas a serviço do novo deus, cultuado em gabinetes e templos, públicos e particulares. A imposição de valores medidos exclusivamente pela métrica monetária pôs por terra qualquer mensagem adequada à humanidade que se credita aos seres considerados os animais mais inteligentes do Planeta. Houve quem chegasse a dizer ter a História acabado. Como se o muro de Berlim tivesse sepultado os ideais e as ideias, os sonhos também, dos que acreditam na possibilidade de espécie tão privilegiada pela Natureza construir um mundo comprobatório da inteligência superior dos seres ditos humanos. Ao contrário, o capitalismo se expandiu, mesmo reiteradamente à força das armas. Governos forram derrubados, em especial os que tentaram fugir ao cerco ferrenho e violento dos que se julgaram donos do Mundo. Assim se expandiu a exploração dos mais pobres pelos mais ricos. Assim se produziram milhões de mortos em conflitos arquitetados, estimulados, apoiados materialmente e financiados pelos detentores do capital, cuja ganância é mais infinita que as dimensões do Universo. Em suma: a desigualdade crescente no Mundo é a obra-prima do mercado, sem que à sociedade humana seja dada a oportunidade de discutir qual a melhor e mais promissora forma de organizar-se democraticamente e viver sua vida em pacífica e fraterna convivência na comunidade internacional. Filho da ganância com a usura e tendo como padrinho o egoísmo e a competição como madrinha, outra coisa não poderia resultar dessa fábrica de iniquidades e crimes chamada mercado.

Posts recentes

Ver tudo
Não esqueçamos

Desperto a animosidade de alguns colegas, mesmo de alguns amigos, sempre que manifesto minha impressão sobre a sociedade norte-americana....

 
 
 
Ultimatum e terrorismo

Foi necessário viver mais que 80 anos, para assistir ao deprimente espetáculo protagonizado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo...

 
 
 
Bucéfalos e Incitatus

Quem melhor qualificou o ataque dos senadores Marcos Rogério, Omar Aziz e Plínio Valério à ministra Marina Silva, foi a jornalista Ana...

 
 
 

Comentarios


bottom of page