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O percurso do golpe

Desonestidade, burrice ou seja lá o que for, a abordagem de boa parte dos jornalistas brasileiros sobre as relações Executivo-Legislativo-Judiciário é, no mínimo, ingênua. Deixa de lado circunstâncias que não podem escapar à observação dos interessados na análise razoável e consistente dos fenômenos. Em outras palavras, quase sempre se apresentam desvinculadas de outros fatos integrantes do contexto em que se situam. Aqui e lá fora, têm-se verificado frequentes ataques ao Poder Judiciário, sempre com os detentores dos outros poderes tentando expandir suas próprias funções e prerrogativas. Uma espécie de mobilização expansionista, a que Adolpho Hitler chamou espaço vital. Nesse caso, convirá sempre inserir nas análises os atuais esforços, manobras e indignos expedientes do Congresso, desde quando conquistou, com o governo anterior, bom naco do bolo orçamentário. Ainda agora, reitera na má conduta e investe mais pesadamente contra a democracia, criando uma crise institucional evitável, se obedecida a Constituição. Na trajetória golpista, no Brasil e em muitos outros dos países inclinados à direita, o Poder Judiciário atrai para si o ódio dos demais poderes. Experimentamos tal situação com maior gravidade, quando o ditador Ernesto Geisel demitiu magistrados do STF e, mais grave ainda, aumentou o número de ministros da corte. Assim, assistimos o cortejo golpista passar, insistindo no processo que pensávamos ter sepultado em 08 de janeiro de 2023. Na verdade, a tentativa de fugir ao cumprimento da Constituição e das leis continua presente em nosso cotidiano. Preparemo-nos, portanto, para embates futuros ainda mais graves, quando proclamadas as sentenças forçosa e justamente condenatórias dos membros da organização criminosa identificada pela mais alta corte de Justiça do País.

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