Espalha-se pelo País a reivindicação de que o ex-capitão tornado inelegível seja logo mandado para a cadeia. Já quase ninguém ignora a gravidade dos crimes que ele cometeu, antes, durante e depois do exercício de seu único mandato presidencial. Convergem nesse sentimento pessoas despreocupadas com o ordenamento jurídico do País, tanto quanto outras, até por formação e dever de ofício conhecedoras dos procedimentos estabelecidos em Lei. São tantas as provas já colhidas pela Polícia Federal e divulgadas, que não tem restado aos ainda liderados pelo ex-capitão se não atribuir a prática de crimes aos adversários dele. Como se uma coisa - a prática de crimes por estes - fosse excludente das ações delituosas do outro. Há outro sinal de que o desespero começa a tomar conta dos arraiais golpistas. Neste caso, sentimento plenamente justificado, porque vai-se cumprindo o que o ex-ministro Teori Zavaski afirmou: cada pena puxada traz com ela nova galinha. Fosse pequena a gravidade dos crimes praticados contra o Estado Democrático de Direito, o furto de objetos de propriedade da União e as tramas urdidas em gabinetes palacianos fundamentam a reivindicação que se torna cada dia mais vigorosa. Há os que esperam que o ministro Alexandre Moraes acabe por sentir-se seduzido a atender ao clamor que lhe chega das ruas, e faça como a dupla Moro/Dalagnoll. Ou seja, passe os pés pelas mãos, incursionando no mesmo terreno movediço, lodoso e pegajoso trilhado pelos dois falsos heróis da Lava Jato. Talvez a ignorância a respeito da vida pregressa de Moraes leve alguns inocentes e incautos a admitir esse desvio do ministro do STF. Se considerarmos que Alexandre Moraes foi Secretário de Segurança de São Paulo, não há como lhe negar competência para fugir ao cometimento dos mesmos delitos que se podem atribuir aos parceiros da república do Paraná. É preciso admitir, no entanto, que há fatores políticos sob a óptica do magistrado, para determinar a hora em que o ex-capitão denunciado por uma série de crimes da mais diversa natureza (desde os atentados contra o Estado Democrático de Direito até o furto de joias) será recolhido à prisão. Por isso, as tratativas entre autoridades, de que a conversa entre o Presidente da CPI do Senado e comandos militares é um dos mais expressivos acontecimentos. O calor do momento - e não só o que resulta das mudanças climáticas - vem sendo levado em conta e certamente terá forte ponderação na escolha do momento em que a PF cumprirá mais uma de suas funções estritamente funcionais. Aí, então, a Papuda abrirá suas portas.
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