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Não à síndrome de Estocolmo

A articulação da extrema-direita brasileira com seus sócios estrangeiros é em sim mesma atividade merecedora de investigação. Impossível de estancar, num mundo cujas fronteiras físicas já nada mais separam, a globalização nada poupa ao seu próprio dinamismo. Modernas tecnologias, a despeito de seu alto potencial de influenciar governos, instituições e pessoas, têm sido impostas, sem que correspondentes preocupações éticas sensibilizem a sociedade humana. Pior ainda, quando nenhuma força parece capaz de enfrentar o poderio do dinheiro. Aqueles que o têm acumulado, seja qual for a prática usada para faze-lo, levam às últimas consequências seus (maus) propósitos. Veja-se, por exemplo, a ousadia do biliardário Elon Musk, ao investir contra o Brasil, suas instituições e os próprios brasileiros. O fato de ter porta-voz (porta-vozes, quem sabe?) no Congresso norte-americano não torna verdade as mentiras por ele proferidas. Os comentários do dono da X (denominação inspirada na obscuridade correspondente aos de sua estirpe) destoam totalmente da realidade que ele apresenta e tenta impor em escala mundial. Mesmo que o Ministro Alexandre de Moraes cometa alguns atos criticáveis, ao investir contra ele da forma como o dono da Tesla o faz, este agride um Estado soberano e ignora os fatos que dão causa ao que Musk vê como perseguição política. Uma a uma, as imputações do biliardário já foram respondidas. Se isso não torna isento o magistrado brasileiro, acrescenta mais um dentre tatos episódios da preferência pela mentira, o engodo - e os gordos lucros que tal conduta tem proporcionado. Os correligionários de Elon Musk, no Brasil e em outros países, sabem disso. E por isso o aplaudem. Sem que os brasileiros que exercem seu patriotismo em favor de todos se sintam obrigados a contrair a síndrome de Estocolmo.

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