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Guerra ao Mundo

Quem se preocupe em analisar o conteúdo do discurso de posse de Donald Trump encontrará milhões de razões para temer. Se o Presidente devolvido à Casa Branca não abandonou sua postura arrogante, desrespeitosa, tão conhecida, nem isso apaga os trechos mais autoritários de sua oração. Não é que ele em algum momento se tenha desviado do que ele é, na sua mais profunda essência. O momento, porém, parecia aconselhar moderação e cautela. Afinal, Trump não estava mais em campanha eleitoral, se não participando do momento culminante do processo eleitoral. Essa é a perspectiva da qual se devem apreciar as não veladas ameaças de Trump. Dirigidas a segmentos específicos da sociedade, norte-americana e mundial, as ameaças pesam mais sobre os imigrantes, embora os mexicanos sejam especificamente nomeados. A esse exemplo do caráter xenofóbico da gestão que se inicia, pode ser acrescentada a intolerância aos diferentes - na cor da pele, na opção sexual, nos compromissos com a saúde do Planeta. Não faltou no discurso de Trump direta e específica ameaça ao Panamá, do qual ele anuncia o propósito de tirar o controle do canal. Também é desconfortável a insistência com que Trump resiste às politicas mundiais de redução da crise climática por que passa a Terra. Enfim, o discurso do recém empossado 47° Presidente dos Estados Unidos da América do Norte foi uma declaração de guerra ao Mundo e ao mundo. Natureza e sociedade feitas alvos a serem atingidos. O desespero com que os impérios enfraquecidos respondem aos que os incomodam, só por exceção impede sua derrocada. Depois do esforço vão por manter-se, de que resultam graves danos para a sociedade humana e o Planeta.

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