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Fugitivo

Ao homem é mais difícil fugir de si mesmo. A tentativa de fugir da polícia, da justiça e de outros bandidos só se torna fácil se há coragem nos que delinquem. Mais que isso, delinquem e o que lhes resta de lucidez, mínima que seja, indica a fuga como a saída para uma situação constrangedora. O ex-capitão excluído das forças armadas todo dia confirma a escassez de sua inteligência e reitera a confissão dos delitos que lhe são atribuídos. Sua hospedagem por duas noites na embaixada da Hungria é apenas uma versão com selo internacional de sua ida para a Disney, quando o golpe por ele coordenado ainda não fora frustrado. Imagine-se a surpresa e o constrangimento dos diplomatas húngaros, ao receber o toc-toc do inconveniente visitante, procurando-os para conversar sobre assuntos internacionais, como alegou o bufão. O corre-corre logo se estabeleceu, com funcionários da embaixada carregando colchões e travesseiros que minorassem o desconforto físico do inoportuno visitante. Ainda bem que ele não é capaz de sentir outro tipo de mal-estar, os morais sobretudo. Como também, paupérrimo na linguagem dos seus compatrícios, não se sabe em que língua terá falado na segunda e terça-feiras do último carnaval. Também faltam informações sobre que fantasia trajava, se de palhaço, bobo da corte, pateta ou bucéfalo. A de fugitivo não é fantasia, mas a realidade em que ele vive.

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