Só numa coisa as elites brasileiras registram enorme carência. O que lhes sobra em egoísmo, patrimônio, audácia, desprezo pela humanidade, ódio à Vida, corresponde à insensibilidade diante da desigualdade social de que são produtores e exclusivos beneficiários. Ainda agora, só um dos bilionários brasileiros assinou documento em que grande parte dos bilionários do Mundo reclama ao Fórum Econômico de Davos a taxação de sua riqueza. Terceira vez em que os acumuladores de bens em escala escandalosa fazem igual pedido, nem por isso se conhece qualquer resultado prático. A não ser que, para confirmar a relação e correspondência entre a acumulação da riqueza e o empobrecimento generalizado das populações, o Fórum estimule anualmente o contrário. É o que diz o fato de ter crescido exponencialmente a taxa de concentração, especialmente durante a pandemia. Enquanto o Planeta perdia cerca de 15 milhões de habitantes, os ganhadores de sempre viram crescerem seus lucros e capitais. Ausentes nas listas anteriores, agora representados por um só dos felizardos (paupérrimo e degradante modo de ser feliz!) brasileiros, pode-se dizer que às nossas elites, o que falta mesmo é vergonha. Não só na cara. Na alma, também!
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