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Facada e "facada"

Dava-se o nome de "facada" ao golpe com que alguns espertalhões ou pessoas efetivamente necessitadas arrancavam alguma pequena importância do outro. Às vezes, o argumento era a impossibilidade de enterrar um parente, em uma de suas alegadas e reiteradas mortes. Matavam-se pais, mães, irmãos e outros parentes, mais de uma vez. E lá saia o facadista, pronto para voltar em outra oportunidade. Não havia sangue, a não ser na eventual tentativa de repetição da "facada" de que a vítima já o fora antes. Aí, sim, era grande a probabilidade de uma arma de fogo ser posta em ação. Diferente de certas facadas, em caso dessa natureza era quase certo ver o sangue escorrendo do orifício por onde o projétil entrara. No primeiro caso, a "facada" servia à satisfação de uma necessidade urgente de seu autor. No outro, se corria sangue do corpo do esfaqueado, era fácil dizer do crime cometido. Excepcionais, beirando a pura imaginação, são os casos em que uma faca afiada deixa incólume o corpo da suposta vítima e esta não perde uma só gota de sangue. Por isso, e para isso, é preciso montar uma farsa, com o envolvimento de muitos participantes e múltiplos palcos. Até que todos os arquivos sejam queimados, sem metáfora, por um projétil. Isso já se viu e já se sabe.

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