top of page

Cautela nunca faz mal

O enfrentamento das dificuldades deve sempre ser energizado pela esperança. Ou seja, as grandes e mais importantes conquistas das nações, povos e pessoas são devidas, sobretudo, à forma otimista como são encarados os problemas. Isso não autoriza, todavia, ignorar as cautelas necessárias, um dos fatores que tornam a conquista menos árdua e menores as eventuais consequências negativas que elas podem produzir. Sem que lhes seja retirada a condição de vantagem, em relação à situação anterior. É justo esperarmos bons resultados da condução diplomática das agressões sofridas pelo Brasil e pelos brasileiros, por obra e (des)graça do Presidente norte-americano. Males causados à economia brasileira e a algumas de suas autoridades, com o tarifaço e a restrição de direitos, agora terão a oportunidade de ser discutidos no ambiente propício ao entendimento e ao debate claro e oportuno. O contrário da diplomacia, sabe-se há tempos, é a guerra. Lula e Trump breve estarão frente-à-frente, cada qual pondo as cartas na mesa. Só assim os assuntos que dizem respeito às relações entre os dois países poderão ser adequadamente encaminhados e encontradas soluções que atendam aos interesses de ambos. Porque são divergentes esses interesses, é que devem se discutidos. Não se espere, porém, que será muito fácil a conversa entre ambos, se tivermos presentes os antecedentes de um e outro dos protagonistas principais. Espertos, cada qual a seu modo, os dois presidentes guardarão para si mesmos armas impossíveis de aparecer aos olhos e ouvidos de terceiros. Isso também faz parte da diplomacia. Se Trump é considerado um brutamontes sentado sobre um barril atômico de que detém o botão detonador, Lula não é muito menos raivoso, quando a seu critério escolhe o que dizer. Não decorrem só disso, contudo, as cautelas que todos devemos observar. Antecedentes e suas circunstâncias têm algum significado e podem influenciar o encontro previsto. O quase-cerco à Venezuela diz mais que o esperado climão que Trump anunciou. Cada química tem seu próprio ambiente. Lula certamente dará atenção ao fato de que, na América Latina, o Brasil tende a desempenhar papel cada dia mais importante. Esse capital não pode ser jogado fora.

Posts recentes

Ver tudo
Ponto de inflexão

Baldados os esforços de algumas das unidades federativas com PIB mais alto, a COP30 será realizada em Belém. Uma das capitais mais ricas do País, junto com Manaus, no início do século XX, a capital pa

 
 
 
Sugestão oportuna, logo seguida de outra

Interessantes, além de oportunas, as observações feitas pelo engenheiro industrial Samuel Hanan ao jornalista Wilson Nogueira, em setembro deste ano. O ex-vice-governador do Amazonas referiu-se, espec

 
 
 
Passaporte sem restrição

Várias exclamações constam dos depoimentos sobre a capital federal. Do fato de ser mostrada como uma obra de arte de autoria compartilhada entre Oscar Niemeyer e Lúcio Costa, muito se tem falado e esc

 
 
 

Comentários


bottom of page