Em meio às controvérsias que as jóias contrabandeadas da Arábia Saudita geraram, acontece de tudo. Desde a tentativa de atribuir fantasmagoria a fotografias, até a confissão tácita do silêncio. Os brindes com que o ditador árabe presenteou o ex-capitão excluído e depois tornado inelegível e sua atual mulher atiçaram os piores sentimentos dos agraciados. Ao ponto de envolver auxiliares diretos do ex-primeiro mandatário do país, e colocar em prática o resgate das jóias, à custa do Erário. Tudo já devida e oportunamente comprovado. O que levou o Ministério Público Federal a atribuir o crime inicial e suas também criminosas consequências a uma organização. Com chefes, ajudantes, auxiliares, colaboradores - cúmplices todos, como até os piores operadores do Direito e policiais novatos facilmente identificarão. Por isso, a busca de blindar os mais graúdos dos suspeitos fê-los mudos diante dos investigadores. Nada têm a dizer, ainda que seu silêncio dificilmente servirá à sua defesa. Primeiro, porque as provas já encontradas pela PF, segundo anunciado, a esta altura das investigações bastariam para afirmar sua participação e fixar responsabilidades. Depois, porque também aí prevalece o juizo popular - quem não deve, não teme. Só se esconde o que, revelado, pode trazer prejuízo ao investigado. Diante dos fatos e das provas até aqui coletadas, se a primeira frustração dos delinquentes veio com a apreensão dos objetos contrabandeados, escondidos e vendidos, a outra relaciona-se (mais uma vez) à sabedoria popular: quem cala, consente.
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