Só a desonestidade e interesses menores conseguirão obscurecer as conquistas a duras penas alcançadas pela maioria dos brasileiros, depois de 2022. Se ainda falta muito de realização, comparadas as promessas com as alterações na vida da população nacional, é relevante o que até aqui foi conseguido. Sobretudo os que veem nos números a única e boa resposta para suas alegadas preocupações, relativamente às condições de vida dos habitantes do País. É perceptível o esforço por retomar o processo de industrialização, desdenhado pelos governos, desde a derrubada de Dilma Rousseff. As previsões de crescimento têm amplas perspectivas de superar cálculos anteriores, eis que nunca a taxa de desemprego chegou a patamar tão baixo quanto o hoje experimentado, a partir de quando começou a ser medido, faz mais de 20 anos. Também ruem as previsões catastróficas relacionadas aos investimentos. Especialmente quanto à atratividade de capital estrangeiro, o Brasil começa a recuperá-la, não obstante o esforço de certos segmentos, comprometidos com a barbárie e a violência. Mais uma vez, os números se prestam à construção de ambiente econômico e social propício à retomada do processo de desenvolvimento. O que se espera, todavia, é um processo que não se realize sob as mesmas diretrizes e os mesmos propósitos anteriores. Isso quer dizer da necessidade de o crescimento, mera alteração para maior dos valores e quantidades produzidas, ser superado pela ideia de desenvolvimento, importando mais a melhoria nas condições de vida da maioria da população. Consequente a isso, o direcionamento da economia brasileira segundo fórmulas que reduzam as desigualdades e logrem colocar-nos em posição condizente com as necessidades da população e os potenciais de que o País dispõe. Não cabe admitir o descompasso em que o Brasil se encontra, sendo detentor de recursos raramente encontrados em outras nações, além do contingente humano que o habita, sem que a satisfação das necessidades básicas da maioria tenha sido alcançada. Se a carruagem não for interrompida, o aumento da massa salarial e o acréscimo nos índices de consumo autorizam prever não estar distante o momento em que a classe média brasileira ganhará em vigor e influência na decisão dos governantes. O rentismo atual não permite isso, razão suficiente para repelir as profecias cuidadosamente elaboradas nos gabinetes catastrofistas. Esse é o desafio que o Presidente Lula terá que enfrentar, se deseja de fato entrar para a História pela porta da frente.
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