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Foto do escritorProfessor Seráfico

Violência é consequência, não causa

Atualizado: 1 de out. de 2023

A violência atinge índice assustador no Brasil. A morte passou a ser algo quase inivisível, não porque seu registro escasseie no País. Parece haver certo malthusianismo vigoroso dentro da mente, do coração e da alma (?) de cada brasileiro. Em meio a tudo isso, soma-se à dor dos que perdem parentes, amigos e conhecidos mortos por causas naturais, aquela produzida pelo assassínio, seja qual for a causa, principalmente de pessoas mal entradas na idade adulta. E, como os números revelam, em sua maioria pretos e pobres, pretas e igualmente pobres. Não obstante, o mesmo sentimento que mata é o que proclama bem alto a utilidade das armas como instrumento garantidor da paz e solucionador de problemas. Em especial, problemas sociais. Por isso, o ódio assassino recomenda, promove, estimula, apoia e financia o intenso e extensivo comércio de armas. Até no Congresso Nacional, onde se presume estarem mandatários entregues à produção de boas políticas públicas, uma parcela dos representantes se vangloria de pertencer à bancada da bala. Sabe-se, porém, não estarem na Câmara dos Deputados e no Senado - como nas demais casas legislativas dos Estados e Municípios - pessoas sem votos. Ao contrário, por mais que a ação desses representantes pareça em dissintonia com as aspirações dos eleitores, se há de reconhecer expressivo o números dos eleitores que fizeram sua escolha porque alimentam os mesmos e bárbaros propósitos dos que lhes pediram o voto. É aí que está o ambiente assustador que o ódio e o desdém devotado à violência produzem. Se parte dos eleitores foge a essa miserável condição humana, logo é discriminada pelos demais. Com o que paira a sensação de que caminhamos celeremente para um estado de coisas inadmissível e característico de uma sociedade doente. Ontem, deplorávamos a tragédia vivida pela Colômbia. Hoje, as notícias dizem que o país vizinho talvez seja o que mais oferece sensação de segurança aos habitantes do país. Enquanto o Brasil vai-se tornando a Colômbia do passado.

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