Nada pior que sofrer a vergonha por ato que não se terá praticado. Seria aplicar a mesma pena ao pecador e à vítima do pecado. Não pela ausência de culpa, menor ela seja, de algum dos que se dizem inocentes. O Brasil sairá, dia 1 de janeiro de 2023, de um dos mais trágicos e deletérios períodos de sua História. Não há, porém, como simplesmente esquecer o opróbrio e a vergonha que se apossaram de todos nós, ao constatar a terra arrasada que resta aos que realmente governarão o País, a partir daquela data. Uns, por tolerância cultivada e crença inocente e distorcida sobre o que é um Estado Democrático de Direito. Outros, pela leniência madrinha da cumplicidade. Outros, ainda, por opção clara e fundamentada, pela partilha de valores que aos humanos repugna. De qualquer maneira, a vergonha alheia acomete muitos. Verificar a desmontagem da administração pública, tanto quanto deplorar as quase 700 mil vítimas da ação e omissão dos (des)governantes há de ficar na memória de todos os que não se identificam com o terceiro grupo acima indicado. Os outros não esquecerão sobretudo de manter cobrança firme e rigorosa sobre a responsabilização dos criminosos. Para que no futuro não tenham que passar novas vergonhas.
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