O general-ditador Ernesto Geisel dizia que nações não têm amigos, têm interesses. Graças a essa percepção, ele foi o último dos governantes do período da ditadura em investir pesadamente na indústria e na infraestrutura brasileira. Depois, olhos postos no mercado internacional, Lula foi docemente persuadido por lideranças da indústria nacional, a entrar pesado na exportação de produtos e tecnologia brasileiras. Cuba, Venezuela, Angola, Moçambique, e uns poucos mais países tomaram empréstimos no Brasil. Cumprindo a prática desse tipo de negócio, as grandes empresas brasileiras, empreiteiras muitas delas, foram as maiores beneficiárias da exportação, tornando-se inclusive multinacionais. É assim que funciona, em quase todos os países exportadores. Essas particularidades, todavia, são ocultadas mesmo por profissionais que se têm apresentado como economistas, financistas, especialistas em relações internacionais, jornalistas etc. Interessa-lhes apenas atribuir vínculo entre Lula e países governados pela esquerda. Mesmo se seus gurus, mitos e líderes endeusam países em que a ditadura é o regime e, além disso, recebem presentes como os que a Arábia Saudita teve o desprazer de saber retidos pela aduana brasileira, no aeroporto internacional de Guarulhos. Nada a admirar, quando as narrativas cada dia se tornam mais distantes dos fatos a que se relacionam, ou que as pretextam. Tempos em que a mentira passa por verdade, monstros posam de santos, predadores de todo tipo aparentam generosidade, arrogantes fingem-se humildes. A autorizar os menos afoitos a ver nos cenhos cerrados o contrário do que pretendem os que os ostentam. Neste caso, não expressam o grau de indignação; ao contrário, mostram até que ponto vão a insensatez e a zombaria de seus portadores.
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